Existe uma parte da minha cabeça que não funciona direito. É aquele lugarzim em que se produzem as enzimas responsáveis pelas emoções frente a cenas românticas nas telas. O filme, na minha cachola esquisita, nem precisa ser diagnosticado ou estar na prateleira dos romances, se eu sentir cheiro de cenas fofas (ou quentes, ou chorosas, ou tocantes, ou com mar bem azul ao fundo) entre moços e moças já não gosto. Não gosto e procuro não assistir. Porém, quando assisto, porque sim tem vezes que assisto para ver se a coisa engrena, não há emoção, nem comoção, nem choro, nem vela, nem nada. Não revejo nunca, frente ao que me apresentam os personagens e seus romances, meus conceitos amorosos e nem repenso minhas escolhas de vida. Aliás, fico num tédio da porra, se posso ser sincera.
Dias atrás mais uma vez tive a certeza de que existe essa parte na minha cabeça que não funciona direito. O pai do Theodoro, querendo me agradar e ser bacana, apesar de saber que meu tipo de filme ideal tem sempre julgamento, morte, tráfico, tribunal e gente sofrendo, prontamente perguntou se eu preferia assistir o filme do Brad Pitt ou o filme da Kate Winslet, na mesma hora, sem nem pestanejar, respondi: mas não tá rolando o do Mickey Rourke?
E é assim que é. Pois não.
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