decidi que vou jogar pra valer antes de seguir pra casa, hoje. vou apostar na quina, na loto, na dupla, na mega, comprar uma raspadinha e, se calhar de encontrar a senhora com cara de mafiosa que usa coque e segura um bloco em frente ao super, também vou dizer bem baixinho: quero dois reais no galo do primeiro ao quinto e mais dois no macaco invertido. meu pai ganhou uma moto anos atrás, com capacete e tudo, desde então tenho baita fé no jogo.
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eu sou uma frequentadora de lotéricas, na realidade. gosto dos rostos crentes, surrados e do barulho dos níqueis das pessoas que estão sempre por ali. me sinto entre os meus.
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4 comentários:
essa vígula aí depois do Galo não tinha. juro.
os dois reais no Galo, vão mudar sua vida. vai por mim.
Meu pai gahou uma Chevy zero bala num bingo. Eu (e ele) jogo(amos) na mega toda semana. 77 diz que só não jogamos os números certos. Mas eu jogo com fé e sonho com paris, bahamas e nova iorque.
eu sou a orfã número um dos bingos no país. se tinha coisa que me fazia brilhar os olhos era a possibilidade de passar a noite (a tarde ou a manhã) bem sentadita jogando...
e as máquinas, então?
aquele barulho maravilhoso de bônus. tempo bom que não volta.
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