as gentes do meu naipe estão diminuindo a olhos vistos no mundo. isso é massa, bacana, ok, saudável, ajuda o universo e tudo, mas também faz com que eu me sinta meio oprimida, às vezes. juro por deus. é uma sensação de que, no meio em que convivo, só eu ainda vivo de forma diferente(!?). só eu ainda não adquiri a visão e os novos e saudáveis hábitos deste milênio. dá pra entender?
só eu ainda fumo. só eu ainda bebo. só eu uso milhares de sacolas plásticas pra quase tudo na vida. só eu não separo a casca da banana do papel higiênico. só eu escuto e sou fã do vinil. só eu não procuro os orgânicos no super. só eu tomo banho demorado e escovo os dentes com a torneira aberta. só eu prefiro assistir novela e big brother a ficar vendo um documentário sobre as crianças surdas e cegas do burundi ou sobre a conturbada vida política na angola. só eu vou ao banco e fico na fila pra pagar as contas. só eu tenho pânico e pavor de exercício físico praticado em academia, açaí e tênis para esportes, e por aí vai. a lista das minhas diferenças ficaria imensa e me tomaria o dia todo escrever, se fosse o caso, todos os meus itens de fábrica que fazem com que eu ainda seja eu e não uma pessoa legal com opcionais da nova geração.
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sou tipo música infantil (comercial, claro) brasileira, em resumo. aquela coisa feita lá no começo dos anos 80 e que ainda rola até hoje ninguém sabe ao certo o porquê. aliás, quem levantou essa lebre foi meu marido e andei pensando sobre o assunto. vocês também já repararam isso? até hoje, pode escrever, todas as festinhas de criança são embaladas pela mesma xuxa que descia na nave e pelos mesmos trem da alegria do jairzinho e balão mágico do fofão. é batata.
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10 comentários:
você é você e ponto.
alguns bons novos hábitos não fazem mal a ninguém, dona dita. muito pelo contrário.
em tempo, meu barbudo - sempre com sua essencia turrona e seus itens de série inabaláveis - decidiu parar de fumar, de beber, matriculou-se na academia e até economiza sacolas plástica quando está na minha cola.
eu vibro.
mas eu não disse, em momento algum, que estou certa, dona lili.
eu bem sei que não. pode crer que sei.
amada, tu sabes que em algumas coisas eu te acompanho, mas tem outras, tipo pagar as contas no Banco, que não dá.
e já que paga no banco, né?, ao menos vá a uma agencia dos correios e pague no banco postal.
[desGRUUUUUUUUda de mim, coisa ruim. horario de almoço]
e eu gosto de voce, mesmo voce sendo lelé, caduca e colorada.
Você tem alma velha, Dita.
E também tenho pânico de academia. Eu adoro "Soco soco bate bate" da Xuxa (e ganho das meninas na hora de dar "soco soco bate bate"). Só separo o reciclável porque as meninas usam na escola.
Adoro banho demorado, bem quente, e escovo os dentes debaixo do chuveiro. E também pago as contas no banco. Esperando com todas as velhinhas que preferem passar duas horas na fila do lado de fora, antes de o banco abrir, e pegar lugar na frente lá dentro, do que esperar 15 minutos na fila do lado de dentro.
Viu? Você é Suzana por dentro, bem que eu disse! Só falta agora eu ser Dita por fora... :o)
Ah, você não está sozinha no mundo. Fique tranquila. Eu é que não entendo o porquê de TER que mudar sempre... mas vá entender, né?!
Hahahha... realmente! Festa de criança sem I-lari-lari-ê é impossível. rs
tô bem contigo no avesso desse barco furado. ;-)
e te conto mais, nem resiti. fiquei vinte minutos com os olhos no corinthians e depois do 2x0 corri lá pra adrenalina colorada. que sufoco! e eu que nem torço me aguniei um monte. não importa mais hábito nenhum, coração bom é que tá na moda!
mas teve bom, num teve? ô!
Não estas tão sozinha neste mundo não!!!!! Eu tambem ando com péssimos hábitos! Por sinal, tenho uma taça bem cheinha de vinho aqui na minha frente pedindo para se esvaziada! Hehe!
é só por vc ser assim que a gente te ama tanto, alemoa. muda não, tá? bjs
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