não, não tem problema, pode tirar o sapato.

(senta aí. tem coca na geladeira e cuca de quechimia no forno)

sábado, 31 de julho de 2010

gatos e lebres. todos bem esfregadinhos na cara.


dia desses, resolvi usar (porque tenho mania de usar as coisas em lugares não indicados) o dream matte powder (maybelline) como blush. pessoas, o resultado foi abusante. ficou muito mega lindo e natural e rosinha e durou o dia inteiro (muito mais do que qualquer blush que eu já tenha provado)... então, fica a dica, moças. o meu pó é o tal do golden sand (número oito).

fazendo entrevistas e cantando e seguindo a canção...

na agência:
-você acha que consegue desenvolver com propriedade a função?
-se não achasse não estaria aqui sentada, não é?
*
*
na outra agência:
-tu é sempre assim tão emotiva ao falar do teu filho? sabe como é, preciso saber se tu não vai me largar na mão(?!) por qualquer febre do guri, né?
-sim, eu sou e sim, eu vou. certo. lógico. qualquer 37 e meio eu zarpo...
*
*
na outra, outra agência:
-então é isso que tu desejas? realmente? pra tua vida?
- não, o que eu desejo realmente pra minha vida é ganhar na loto, mas sim, por aqui é isso que quero, sim.
*
*
nem preciso dizer o resultado, né?

sexta-feira, 30 de julho de 2010

para imprimir e colar na porta da geladeira


tá tudo aí (pra tu, tatu, que gosta de tendência, é um prato cheio). a camisa usada como vestido, o cinto fininho e a bolsa descombinadas e os tamancos de madeira.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

ô moisés, se meta com a sua vida...

esta manhã fomos à nossa futura casa olhar como, realmente, ela é. sim, porque no dia em que fechamos o negócio ficamos lá menos de dez minutos. já tínhamos visto cada coisa grotesca, sem sol, sem vento, sem vista e suja que.... enfim, foi assim. entramos, olhamos e como estava tudo limpo, arrumadinho, sem baratas mortas e sem paredes de vizinhos a distância de uma mão, nas janelas, fechamos o negócio, mesmo sabendo que ainda precisaríamos ficar um ano em algum lugar até o apartamento desocupar. pois bem, tudo isso é pra dizer que hoje voltamos lá e, na boa, a despeito do tamanho (53 metrinhos), da espera, dos 30 anos de financiamento e de tudo o mais, nós fizemos um negócio do cacete. a casinha é massa. e cheia de sol (da manhã, que eu sou boba, mas nem tanto). e de luz. e de ventinho. e tem um zaffari praticamente na porta. mesa e banco alemão na cozinha. panvel como vizinha. bares mis com cerveja. restuarantes honestos. escola e mais um monte de coisas que uma família como a nossa precisa para ser feliz. e bem no fim, o que importa não é a casa, e sim a vida, né? quem disse isso, mesmo?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

se sou que faço um troço desse, tô na fila do seguro-desemprego na outra manhã


são os brilhos que acabam onerando o produto, prefiro pensar...


mas que regatinha pretinha mais maravilhosinha hein, dona juliana jabour?

eu quero ver o oco


muito sangue, traição, presídio, tiro, máfia e gente maluca. adorei e recomendo muito.

a situação anda fumeta pro meu lado...

os mesmos bacanas/antenados/modernos que não caminham e sim flanam e que não bebem e sim bebericam agora não se encontram mais no bar para conversar, repararam? eles agora se encontram em confrarias. temos confrarias temáticas de tudo. taí, é mais uma coisa pra me deixar irritada.
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mamis, os patos das lagoas usam máscara por quê? eles são super-heróis? eu quero máscara, mãe...
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estamos abrindo os trabalhos de negociação por estas bandas. fácil ninguém disse que seria. é um tal de tira o 45, tira o desenho no quarto, tira o iogurte do final de semana, tira o banho demorado com aviões e caminhões... e conversa, conversa, conversa, conversa. complicadinha a parada.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

todas as melhores coisas do mundo pra você, mais gata das gatas!




não posso me demorar demais. tenho muita roupa para lavar.

no carro, voltando da escola.
eu: quer me contar o que você fez hoje, meu filho? conversar um pouco?
ele: não, e também não vou te convidar para o aniversário do theo.
o pai: se a mamãe não vai, eu também não vou.
ele: então tá bom. não vai nenhum dos dois no aniversário do theo. só outras pessoas.
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fiz um risoto de restos(?!) lôco de especial. com arroz namorado e coisas quaisquer da geladeira. juro que tava bom. palavra.
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somos todos telossauros fugindo do sopro na casa do lobo, de um tempo pra cá. mamãe, papai e bebê telossauro. quanto mais chove, mais estória. e vamo que vamo.
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o ponto vermelho da tokstok é uma fraude. coisa de gente gira. a cama com colchão que custava 700 está por 685, por exemplo. cheia de etiquetas e cartazes na volta e reais coloridos. podem ir lá conferir com os próprios olhos o que digo. fiquei meio pasma.

domingo, 25 de julho de 2010

melhor custo/benefício da categoria

batons matte anaconda. as cores são lindas (reproduções, claro, de todos aqueles batons desejo caríssimos da mac, chanel e lancôme), a durabilidade e os aspecto "seco" impressionantes de tão legais e o cheiro é uma delícia. para quem mora em porto alegre é só ir àquelas lojas da riachuelo e ser feliz. cada batom custa 2,99.
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comprei e recomendo o boca (nude), o champagne(rosão) e o bouquet (rosinha). minha irmã comprou e amou o ruby (vermelhão).

sexta-feira, 23 de julho de 2010

deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais

trago de boa vista do buricá pra todo mundo. se for o caso.
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sapatos medonhos de ir à missa depois de ceifar, serra sorrindo com unhas pintadas de paris e vestindo azul, mulher em plenas condições de lida pedindo (e ganhando) pensão de mais de cem mil, o sushi e sua ausência de gosto dominando os pratos dos que são legais(?!), as boas práticas confusas, precárias e pedantes de todos nós e mais tantos tralálálálálás, me dão uma sensação bastante esquisita. bom mesmo é fumar e tomar café. bom mesmo é o rio de janeiro e suas mulheres com bundas duras. isso sim dá gosto.

tenho motivos pessoalíssimos para encafifar...

- vamos cantar um a música, theodoro? eu e você? você e eu?
- não, não quero eu e você, você e eu. quero olhar as outras coisas do céu e da cidade e de todas as pessoas...
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para minha felicidade e infelicidade ele está descobrindo os outros. e achando bom.

cinturão lá em cima e pernão bem largo.


a calça que todas as moças de fino trato devem ter em seus armários na próxima estação é essa aí, ó. pode comprar sem medo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

a voz da experiência nas terras de belzebu

sei bem que essas coisas de viver em cidade grande, são sempre assim. é tipo uma lei. cada um está voltado à sua vida encardida, densa e atropelada e o tempo da vida em si fica achando graça e passando. rápido. rasteiro e irônico. pode ser que não seja o caso, mas acho que sim. que é.
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de qualquer forma sinto vontade de, vez por outra, sentar na frente de casa sem pantufa, fumar tomar limonada e ver o movimento dos outros. bem quieta. no inverno ainda mais. nos sábados do inverno ainda mais. de manhã, por volta das 10 horas, horário de ir ao açougue e comprar bife batido com o martelo e pedir para anotar na caderneta que o valor final será pago no dia 05, ainda mais. mais. mais. ando numas. só o que digo.
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estende-se infinito. imenso monolito. nossa arquitetura. quem poderá fazer aquele amor morrer. nossa caminhadura. cama de tatame. pela vida afora......................já dizia o ex-ministro do lula.

(existimos nós mulheres e existe a anna torv)









e como é bom olhar o que é bonito! minha nossa senhora mãe de deus. gente linda, na minha opinião, nem precisava fazer mais nada. nunquinha. só existir por aí para deixar a vida mais resplandecente (mas que palavrinha hein, dona debora).





quarta-feira, 21 de julho de 2010

um grande garoto. da vida real.

se eu não fosse tão boca aberta tava pelada a coruja.
mas sou, por isso devo continuar usando batom, secando o cabelo com secador/escova e procurando emprego com a melhor cara de pessoa séria que deus me deu.

terça-feira, 20 de julho de 2010

(zé mudesto)

- mamis, você quer tirar uma foto de mim? eu ando tão lindo e posso segurar o x até ver a luz, tá? quer?

parece que agora vai. depois de kate moss (há uns dois anos), isabel lucas (minha musa) e sienna miller aparecerem com a pele normal (sem grandes efeitos tensores/visuais/ópppticos e ou matifcantes) em grandes eventos e tapetes vermelhos, diane kruger também resolveu arriscar. passou um blush, um rímel, um iluminador e só. e foi. bem linda. no brasil, a osklen, a huis clos (também há algumas coleções, já) e a colcci fizeram desfiles exibindo modelos com a dita pele normal. ou seja, tamo tudo bem na foto, gatas. acho justo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

(um zumbi remelento)

- mas você não sente saudade de ter o que corpo que tinha antes de ficar grávida?
- mas não faz falta poder sair e não ter hora pra voltar? simplesmente ir?
- é brabo ter filho e não poder mais comprar nada pra gente, né? todo dinheirinho vai pra eles e a gente fica em segundo plano. é duro, né?
*
*
ouço isso muito por aí. há quase três anos, desde que o theodoro nasceu. e de verdade, verdadeira, sim, claro, essas situações todas são novas, diferentes e complicadas de lidar muitas vezes, mas não me pegam na alma. o que realmente me faz muita falta, muita mesmo, é dormir. dormir uma noite inteira. dormir uma manhã, até nove horas, por exemplo. conto isso aqui, hoje, porque a noite passada tivemos quebra de recorde por estas bandas. entre meia noite e seis da manhã eu levantei nove vezes para atender o guri. enquanto ele mamava, período de um ano, era normal levantar até, sei lá, 12 vezes, mas depois a coisa foi ficando um pouco mais tranquila. nunca tranquila a ponto de ele dormir uma noite inteira, porque não é do seu feitio , mas de acordar uma vez, duas, três no máximo. não sei o que rolou a noite passada. por deus. mas espero que não se repita. amém.

domingo, 18 de julho de 2010


com as mãos na cintura e uma ruga na testa: - coloquei os meus dois carros no castigo, mãe. eles estavam brigando, falando alto e não conseguiam se acertar. agora cada um vai pensar no que fez.

alguns segundos depois, ao lado dos carros: - tudo bem, gente. vou tirar vocês do castigo, mas não quero mais saber de briga, tá? cêis tão me entendendo? e não é pra rir porque isso não é engraçado. é castigo.
esta manhã, com a voz mais bonitinha do mundo e as bochechas bem rosadas:
- posso ir deitar com vocês, mãe? lá na sala? fazer companhia?

sábado, 17 de julho de 2010

sinthpop

o que eu fiz uma vez, quando era adolescente?
liguei pra casa de um cara que eu amava e cantei esta música. inteira. com minha própria voz. boa da cabeça eu não era. certo que não.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

pode isso, reginaldo?

ligando pra caixa econômica federal do bomfim, em porto alegre, para passar uma informação que me foi solicitada.
- rose, é a debora, tudo bem? não sei se tu lembras de mim...
- a moça que teve problema com o financiamento? e com o saque do fgts? e com o seguro desemprego e o pis? é tu, guria? tudo andando?
*
*
(tive que rir, né?)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

vivendo e constatando e seguindo a canção...

a lógica é sempre a mesma, mais ou menos a seguinte: nego monta no teu lombo do jeito que quer e a hora que bem entende. discursa, faz da cara o que bem entende e te deixa na obriga. e tu? tu tem que achar sempre bem bom. senão tu que é doido. que dúvida.

terça-feira, 13 de julho de 2010

as coxudas estão muito bem representadas...




acho essa moça tipo incrível e eticéteras.

é um pedido de mãe, gente. há de se levar em consideração...

alguma alma caridosa do meu brazil brazileiro gostaria muito de me levar ao show dos moços de versailles? pode ser em qualquer uma das três capitá, óquei? tá super valendo também me fazer um depósito na conta corrente, se for melhor pra você. obrigada, desde já, pela cumpreensão.

se me contassem, eu diria bem capaz...

acabo de saber que o theodoro havia marcado um jogo de futebol na casa de um amigo pra tarde do último sábado. quem me contou foi a mãe do menino. disse que oseu guri arrumou o quarto e ficou esperando o meu guri e tal e tudo.
ondeéquejáseviu um piá de dois anos marcar jogo de futebol, cara?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

ainda nos bicos da vida...

eu: tu podes me confirmar o email, por gentileza? porque enviei e voltou, de novo..
ela: é daiane, mas é daiane do mesmo jeito que escreve o nome da mulher do goleiro bruno do flamengo, sabe? aquela que ajudou a matar a eliza? hahahahahaha.

e a pergunta é: quem ensina, isso?

em duas oportunidades e situações bastante crespas e distintas, ontem.

- você entendeu, theodoro?
- tranquilo, mãe.
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você entendeu, theodoro?
beleza...

sábado, 10 de julho de 2010

um abraço pros convivas. que beleza de sabadão.


theodoro é tipo eu, só que bastante melhor. e mais apurado. e mais charmoso e lindo, óbvio. tá ali dançando na cama de olhos fechadinhos e ouvindo uma música insuportável há quase dez minutos. e tá faceiro. e acha o canal. e ainda nem são nove da manhã. e ele ainda nem bebe cachaça.
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quem souber de algum trampo, é só prender o grito, viu? tô solta na vala e precisando muito de um duque. sei fazer várias coisas, assim, de entender (tipo a organização e o não pagamento ou sorteio das contas do mês, comidas temperadas, boas montações de roupas e tal) e também sei fazer várias outras, assim de decorar (tipo o hino nacional, os processos dos programas da microsoft e a taxa de juros do cartão de crédito mês a mês). sei, sei.
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porém, de outro lado, despeitando as condições financeiras precárias, ainda guardo bem vivo na boca e na memória o gosto de ter pedido demissão. é um gosto tão bom, gente. tipo agridoce. e o prazer louco de sair batendo a porta pra nunca mais voltar? hein? diz aí? quem nunca sonhou? pois então.
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outra coisa boa, ainda despeitando as condições financeiras precárias, é que ando mudando um pouco a minha série/sequência de atitudes ao acordar. é o lance do tente, invente, faça algo diferente. levado a sério. por mim. um dia tomo cafédeamanhã com direito e pão e frutas e coloco colares dourados e no outro ando de pijama e jejum até umas dez. não parece, mas muda a vida. juro. palavra.
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já dizia, há mais dez anos, a princesa da paz, dona da razão, minha véia mãe:
- trabalhar pode não dar dinheiro, mas constrói caráácccter, debora...
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tenho regulado bastante o consumo de água e sucos de frutas amarelas, também. preciso beber dois litros e pouco. assim me sinto bem. leve. corada. e até um tiquinho astuta. santo remédio, não é?
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de repente é o caso até de parar de fumar e comer pão branco e animais menores que eu. de repente.
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encafifei com o cara da onu e ele tá me dando balão. que lástima essa situação.
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a zara está em liquidação e a tokstok também. aquele famoso e delicioso bota fora. setenta por cento pra mais. a quem, que não eu, interessar possa, fica a dica.
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e já que ainda não consegui assistir a última temporada de lost, apresento minhas despedidas, desejando a todos um efusivo final de semana: quantas vezes eu preciso te dizer, john? eu sempre tenho um plano!


sexta-feira, 9 de julho de 2010

(mãe da minha vida/mamis/gatinha do baby)


- eu não vou pra escola, hoje?
- hoje, não. tá muita chuva e frio lá fora e você vai ficar em casa comigo. só nós dois.
- sem o baby?
-sim, sem o baby. só nós.
- então pega umas coisas pra mim na cozinha, mamis? pode ser banana e maçã e outra coisa pra comer e mamá e pega também o penico que preciso fazer xixi e também uma meia porque meus chulés estão gelados e eu fico vendo o 45 enquanto isso...
- é só isso, theodoro?
- sim, só isso. depois você pode descansar deitadinha na minha barriga pra ficar bem fortinha e esperta...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

tudo bem rapidinho.

o cara da onu não voltou. o frio, sim. a fúria vai ser campeã do mundo com ou sem o apoio do polvo alemão, aposto 25 centavos. theodoro insiste em dizer que sou tipo um robô de estimação e que isso é quase amor. ele também fala frango e não galinha, bem se vê que nasceu na cidade grande. achamos o carrinho dos caça-fantasmas nas americanas e ficamos horas na fila sem surtar porque realmente queríamos muito o carrinho dos caça-fantasmas. a burocracia do divórcio está com os dias contados e isso merece cerveja gelada. a busca por emprego continua a milhão. sem sucesso. o contrato da casa nova, contra tudo e todos, foi assinado, como que por um milagre divino. se o mundo tivesse menos mocinhas e mais mocinhos seria um lugar bem melhor de se residir. bergamota bem laranjada, de polpa doce e comida com muito alho faz quase tudo na vida valer a pena. não me apego as utilidades. com ou sem crase. gosto mesmo é daquilo que serve para dar beleza e só.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

é tipo um lost, sem ilha. tá parecendo.

um senhor enviado pela onu(?!) veio até a minha casa ontem. não deixei entrar, claro, mas conversamos ao interfone. ele disse que os americanos da américa me escolheram para alguma coisa que não memorizei direito na hora, porque estava um pouco atabalhoada com a situação. explicou que teremos novos diálogos (usou a palavra diálogo com propriedade e austeridade, inclusive) e que a cada etapa do processo eu vou entender melhor o que os gringos desejam de mim, realmente. maria dalia, senhora sabida e minha mãe, já diria: se tu fosse esperta, teria espiado pra ver a roupa, debora. por que tu sabe, né? qualquer pessoa que bate a nossa porta vestindo terno preto ou cinza com camisa branca é picareta.
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agora, voltando à vaca fria ou enquanto não sou nomeada pelo obama, alguém poderia me explicar o que significa sonhar com baratas? não confio cegamente no google, quando o assunto é tão sério.

desforra ou revanche, tanto faz.



interessa é que tenho horrorosas e profundas intenções de desaparecer e não avisar ninguém.
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isso que estou tendo bem agora é um chilique de tpm.
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quase sempre é apenas o caso de tomar um banho (minha droga preferida) comer uma boa carne assada e descansar uns minutos.
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luas em saturno são ladinas.
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alemanha três a zero.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

e a carinha de tereza batista, cansada de guerra, hein? hein?





estou com o cabelo grande o bastante para fazer um topetão. agora é a hora e ninguém me segura.

realmente cansado, foi demais pra mim

ontem à noite, por volta das 21h, chegando do restaurante.
- hoje não tem filme, mãe?
- não, theo. tá tarde e hoje você dorme direto, sem filme. já tem lua e tudo no céu.
- tá bom, mamis. tudo bem. aquelas pizzas me deixaram muito cansado mesmo. realmente cansado. vou fazer minha nanucha...
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sábado, durante o passeio de ônibus matinal e sagrado.
- tô com fome, mamis.
- que você quer comer, meu filho?
- um papazito bem delícia que só vende lá perto dos navios... tem que ir até lá.

domingo, 4 de julho de 2010


quando a gente pensa que já está tudo muito ótimo, obrigado, vem a heliocare e faz uma versão ainda mais power (heliocare silk gel) do seu excelente protetor solar para peles oleosas. estamos numa esplêndida lua-de-mel.

sábado, 3 de julho de 2010

acho que tinha uns 10 ou 11 anos quando fui fazer um curso de pintura em pano de prato. todas as meninas da cidade faziam e minha mãe achou adequado que eu também fizesse. as aulas aconteciam todas as tardes na sede do banrisul e a professora era a mesma que, durante as manhãs, dava aula de educação artística no são josé, escola que eu estudava. quero dizer com isso que ela já me conhecia, sabia que eu não era flor que se cheirasse e ficou muito espantada ao me ver na tal aula de pintura com um saco de panos de tecido embaixo do braço. o diálogo abaixo não aconteceu exatamente assim, mas foi alguma coisa nessa linha, alguma coisa que me deixou famosa entre os parentes e me tornou motivo de muita, muita piada...
- o que tu vais pintar, debora? os moldes vazados ficam todos ali na mesa e tu podes escolher, presta atenção na cor do bordado da borda e pinta alguma coisa que combine. tem flor, maçã, bule, pêra, coração, bacia, melancia...
depois de mais de meia hora...
- debora, a aula está quase terminando e tu ainda não começou teu pano. tá aí sentada com cara de paisagem...
- é que não quero pintar com molde.
- mas a tua mãe sabia que a aula era de pintura com molde e te inscreveu mesmo assim.
- mas eu não sabia e eu não quero pintar com molde.
- tudo bem, dona debora. o que tu quer pintar, então? hein?
- eu quero pintar um peixe enorme e escrever ao lado: tá nervoso? vai pescar.
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não preciso dizer que aquela foi minha única aula de pintura em pano de prato, né? pois é.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

(no pay no show)


eu sempre tive, desde que o mundo é mundo, uma sensação mutcho lôca e muito latente de não pertencimento. uma coisa engraçada que me fez sair de casa aos 13 anos, morar com mil namorados, em mil cidades, conhecer mil pessoas e tudo isso sem ter um único álbum de fotografias ou um número de telefone. tudo isso só com uma caixa de papelão, algumas roupas e um par de tênis. não me apegava, mesmo. não me via para sempre com ninguém e nem em lugar algum. essa vibe qualquer coisa, com qualquer gente, em qualquer lugar sumiu rapidinho depois do nascimento do theodoro. não sei como, mas sumiu. foi instantâneo, ele saiu da minha barriga e eu ganhei uma casa bem minha. uma casa de madeira, cheia de flores, com temperatura amena o ano todo, pantufas, muitas fotos, banho morno, edredons de malha, azulejo com número colocado ao lado da porta, bolo de cenoura com cobertura de chocolate e café sempre fresco. na minha cabeça foi e é assim.