não, não tem problema, pode tirar o sapato.

(senta aí. tem coca na geladeira e cuca de quechimia no forno)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

(no pay no show)


eu sempre tive, desde que o mundo é mundo, uma sensação mutcho lôca e muito latente de não pertencimento. uma coisa engraçada que me fez sair de casa aos 13 anos, morar com mil namorados, em mil cidades, conhecer mil pessoas e tudo isso sem ter um único álbum de fotografias ou um número de telefone. tudo isso só com uma caixa de papelão, algumas roupas e um par de tênis. não me apegava, mesmo. não me via para sempre com ninguém e nem em lugar algum. essa vibe qualquer coisa, com qualquer gente, em qualquer lugar sumiu rapidinho depois do nascimento do theodoro. não sei como, mas sumiu. foi instantâneo, ele saiu da minha barriga e eu ganhei uma casa bem minha. uma casa de madeira, cheia de flores, com temperatura amena o ano todo, pantufas, muitas fotos, banho morno, edredons de malha, azulejo com número colocado ao lado da porta, bolo de cenoura com cobertura de chocolate e café sempre fresco. na minha cabeça foi e é assim.

14 comentários:

cris disse...

ai, que post mais bonito esse...

Unknown disse...

lindo texto, lindo sentimento

Hellen disse...

LINDO!

Mesmo...

Não vejo a hora de ter meu filhote e me sentir em casa de novo...

Bjs.

Anônimo disse...

Lindo este amor incondicional.

Thaís Gouvêa disse...

Que linda declaração de amor!! :)
Sou louca p/ experimentar isso. Pena que vai demorar um pouco...
Bjus

Rodrigo disse...

a coisa mais linda que li hoje ponto

palmas pra Loira

isabel alix disse...

Para mim, filho é âncora. Tive um para me ajudar a ancorar no mundo, antes que um vento um pouco mais forte me levasse pra sempre. Funcionou.

Anônimo disse...

Você realmente acredita ser uma boa mãe? Mesmo com esses altissímos níveis de projeção que tens em relação ao outro, no presente caso, teu filho? É uma pena que algumas pessoas não percebam a sua manipulação disfarçada de amor.

ditavonclaire disse...

tu é que é legal, anônimo.

Hellen disse...

Gentem, como assim???
O que faz uma pessoa MALA, filha de CHOCADEIRA (porque esse trauma é coisa de quem não teve mãe ou não foi devidamente amamentado), entrar num blog de uma pessoa tão de bem com a vida, alegre e batalhadora para destilar toda sua desilusão com a vida e sua total decepção com o ser execrável que é???

Tenha Santa Paciência.

Hellen, a que escreve e assina embaixo.

Unknown disse...

Fico triste que alguém perca o tempo de criticar a vida alheia e não seja suficientemente gente para assumir e se esconde atrás do anonimato.

cris disse...

as pessoas fazem 'análise' e acham que sabem tudo sobre o ser humano. não sabem nem delas mesmas, essa é a verdade. e, veja você, se dão ao trabalho de vir aqui, falar isso de ti, alemoa. tu deves ser bem importante no mundo dessa criatura aí, podes crê. ela, se pudesse, te fagocitaria.

cris disse...

ah, sim, outra coisa, bem boba. a criatura aí, essa mesma, também daria tudo pra ter um filho, umzinho só. e nem precisava ser assim tão lindo e bem educado como o teu. mas, pelo visto, não tem. então fica blogosfera afora assombrando blogs de mães. oremos, irmãos, por essa alma perdida, rs.

isabel alix disse...

Já disse o personagem no filme 'el secreto de tus ojos': a pessoa muda de nome (ou fica sem-nome), muda de cara, muda de endereço, mas não consegue cambiar de pasión. Repare bem no discurso do anônimo.