não, não tem problema, pode tirar o sapato.

(senta aí. tem coca na geladeira e cuca de quechimia no forno)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

é de lascar. só o que eu digo.

[reportagem bem interessante]

Correios chegam a nove greves em sete anos
Disputa entre centrais sindicais e complacência do governo estimulam greves na era Lula

Leo Gerchmann leo.gerchmann@zerohora.com.br

Consolidou-se uma prática no governo Lula. A cada ano, funcionários dos Correios entraram em greve. Já são nove paralisações nos últimos sete anos.

O que estimula essa situação são dois fatores. Um é a disputa política entre a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas,) presentes nos sindicatos e na federação da categoria. Segundo: os sindicatos se aproveitam do fato de o atual governo ser mais complacente do que os anteriores sobre greves.

Ontem, dois dados ilustravam os efeitos da mobilização: 1,2 milhão de cartas deixaram de ser entregues e mais de 60 telefonemas irados de usuários chegaram à agência central de Porto Alegre reclamando do Sedex que não chegou.

Briga é por espaço em sindicato e na federaçãoA face visível do movimento é o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect), que se diz independente. Não tão visível, por trás do sindicato está a atuação da Conlutas, de oposição ao governo. A Federação Nacional dos Trabalhadores nos Correios (Fentect) é filiada à CUT, lulista, mas há integrantes da Conlutas entre os dirigentes. E as disputas internas são intensas.

Por trás da Conlutas, nessa cascata sindical e partidária, aparece o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), antiga dissidência do PT – no qual se abrigava sob o nome de Convergência Socialista, uma tendência partidária de esquerda “entrista” no espectro petista. “Entrista”? No jargão próprio das esquerdas, significa aquele que entra em um partido de massas para se aproveitar da sua estrutura e realizar seus próprios projetos.

Toda essa carga política está presente dn greve iniciada ontem. Alguns sindicalistas falam que a greve é justa e não deve se inibir por este ou aquele governo. Outros, em geral vinculados à CUT, definem o movimento como inoportuno, por colocar em xeque os Correios como órgão da administração pública– Não tínhamos alternativa. Buscamos uma defasagem salarial que vem desde 1994, o que justifica tanta mobilização. Queremos reposição de 41%, como reajuste, e ainda R$ 300 como aumento. Também exigimos a contratação imediata de 700 carteiros. E o que pedimos é, justamente, a não privatização – diz João Carlos Farias, coordenador da greve gaúcha, que reconhece a sustentação dada pela Conlutas ao movimento no Estado.

Na tentativa de acabar com a greve, os Correios ofereceram ontem reajuste de 9%, que será submetido hoje às assembleias nos Estados. Também foi proposto acréscimo de R$ 100 ao piso salarial da categoria, que é de R$ 640, e elevar o vale-alimentação de R$ 20 para R$ 23 no próximo ano.– Queremos um acordo bianual para sair dessa questão de greve todos os anos – disse o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio.

Na Fentect, o secretário-geral José Rivaldo da Silva, filiado à CUT, admite que há greves sucessivas. E justifica:– Neste governo, nós conquistamos coisas durante as greves, e não nos cortam o ponto.

Rotina anual

Houve paralisações dos funcionários dos Correios em todos os anos no governo Lula:
2003, SETEMBRO
2004, JULHO
2005, SETEMBRO
2006, SETEMBRO
2007, ABRIL
2007, SETEMBRO
2008, ABRIL
2008, JULHO
2009, SETEMBRO

E aqui, a proposta da empresa: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3980204-EI306,00.html
Só tenho mais uma coisinha a acrescentar: eu tenho ódio mortal de sindicalista, cara.

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