...Não me aterrorizes com os holofotes antiaéreos que dirigiste contra mim - eu vôo muito baixo - é só estender a mão pra me apanhar... Enquanto isso vá me estendendo a mão, que eu preciso dela. Se você não diz nada, é porque há muito coisa dentro de você. Eu gostaria que você se confiasse um pouco mais a mim. É isso que chamo de jogo unilateral. Não pense que ando só atrás de "belas coisas simples". Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância, desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem, porque eu não sou assim. Se não quiser dizer nada, também não faz mal, basta me estender a mão... (trecho de uma das centenas de cartas escritas por maury, o funcionário do ministério a clarice, a russa da revista.) |
sexta-feira, 19 de maio de 2006
Correspondências
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3 comentários:
Olha... ele tá pedindo confiança pra ela... Não é por nada não, mas nem eu consigo confiar em mim...
:D
Bjos
Eu lendo o texto e me perguntando por que nunca encontro uma mulher tão voraz e direta me pedindo a mão - mesmo que em silêncio! - e, por fim, descubro que esse ato inconseqüente de feminilidade provém de um... homem? é... a coisa tá assim! rs
Um pequeno gesto e uma grande ação....
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